6 invenções que são brasileiras e você nem imagina!

Invenções brasileiras

O ser humano se move pela busca incansável por criar e inovar.

Hoje, vamos explorar as principais invenções criadas por mãos brasileiras e que você talvez nem faz ideia!

Vamos começar pela transmissão radiofônica…

1. Transmissão radiofônica

No final do século XIX e início do século XX, o padre Roberto Landell de Moura começou a investigar e experimentar com a transmissão de ondas eletromagnéticas. Ele acreditava que a voz humana poderia ser transmitida à distância através dessas ondas, revolucionando a forma de comunicação.

Em 1893, em Campinas, São Paulo, o padre Landell de Moura realizou uma demonstração pública de seus experimentos. Ele conseguiu transmitir a voz humana através de um dispositivo que ele mesmo inventou, chamado “transmissor de ondas”.

Essa foi a primeira transmissão de voz documentada sem fio, precedendo as realizações de inventores como Marconi e Fessenden. No entanto, devido à falta de apoio financeiro e à falta de reconhecimento por parte das autoridades, o padre Landell de Moura não pôde patentear suas invenções ou aprimorar ainda mais suas descobertas.

Apesar das dificuldades e falta de reconhecimento, o padre Landell de Moura continuou suas pesquisas e experimentos em telecomunicações. Ele também realizou demonstrações públicas adicionais, transmitindo a voz humana a distâncias cada vez maiores.

Apesar de suas contribuições significativas, o trabalho do padre Landell de Moura foi amplamente ignorado e negligenciado na época. Décadas depois, quando seus experimentos foram redescobertos, é que sua contribuição para o desenvolvimento da transmissão radiofônica começou a receber o devido reconhecimento.

Hoje, reconhecemos o padre Roberto Landell de Moura como um dos pioneiros da transmissão de voz sem fio. Suas inovações e experimentos estabeleceram as bases para a futura evolução da radiodifusão e da comunicação sem fio. Sua visão e perseverança ajudaram a moldar o mundo moderno das telecomunicações, deixando um legado de contribuição científica e tecnológica para a humanidade.

2. Máquina de escrever

A máquina taquigráfica era uma espécie de piano pequeno, com 16 teclas que representavam letras e sílabas. Combinando as teclas, era possível escrever qualquer palavra ou frase em um papel.

Ela foi apresentada pela primeira vez em 1861, no Recife, na Exposição dos Produtos Naturais, Agrícolas e Industriais das Províncias de Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Depois, ela foi levada para o Rio de Janeiro, onde participou da 1ª Exposição Nacional e recebeu uma medalha de ouro das mãos do imperador d. Pedro II.

A máquina taquigráfica foi inventada pelo padre João Francisco de Azevedo e considerada a precursora da máquina de escrever, pois funcionava com o mesmo princípio de mecanizar a escrita. No entanto, ela não teve o reconhecimento merecido e foi esquecida pela história. O inventor norte-americano Christopher Latham Sholes foi quem patenteou a primeira máquina de escrever comercial em 1868.

O elipsógrafo foi outro invento do padre Azevedo. Era um instrumento para desenhar elipses com precisão matemática. Ele também recebeu uma medalha de ouro na 1ª Exposição Nacional por esse invento.

O padre Azevedo foi um homem de grande inteligência e criatividade, que contribuiu para o progresso científico e tecnológico do Brasil no século XIX. Ele merece ser lembrado e homenageado por suas realizações.

3. Urna eletrônica

A invenção da urna eletrônica estabeleceu um marco importante na história da democracia e das eleições. No Brasil, ela foi desenvolvida como uma solução para tornar o processo eleitoral mais seguro, eficiente e confiável.

A história da urna eletrônica remonta à década de 1980, quando o Brasil buscava modernizar o sistema eleitoral e eliminar problemas como fraude e manipulação de votos. Em 1989, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou um projeto ambicioso para desenvolver uma tecnologia eletrônica para substituir as cédulas de papel.

A equipe responsável pelo projeto era liderada pelo engenheiro eletrônico brasileiro Geraldo Magela Alves Barbosa, juntamente com outros profissionais e especialistas em eletrônica e informática. O objetivo era criar uma máquina segura, eficiente e capaz de registrar os votos de maneira precisa.

Após anos de pesquisa, desenvolvimento e testes, a primeira urna eletrônica foi utilizada em uma eleição municipal em 1996, na cidade de Brusque, Santa Catarina. O sucesso dessa experiência levou à expansão gradual do uso da urna eletrônica em todo o país.

A urna eletrônica ofereceu várias vantagens em relação ao sistema de votação em papel. Ela proporcionou mais agilidade no processo de votação, reduziu a possibilidade de erros de contagem e eliminação de votos nulos ou em branco. Além disso, a urna eletrônica aumentou a segurança do sistema eleitoral, impedindo a duplicação de votos e garantindo a integridade do processo.

A invenção da urna eletrônica também permitiu a redução de custos logísticos, uma vez que não era mais necessário imprimir e distribuir milhões de cédulas de papel em todo o país.

Desde sua implementação, a urna eletrônica passou por constantes aprimoramentos e atualizações tecnológicas, visando garantir a transparência, segurança e confiabilidade do sistema eleitoral.

A urna eletrônica brasileira tem servido como exemplo para outros países que buscam modernizar seus sistemas eleitorais. Sua invenção e evolução contínua demonstram o potencial da tecnologia na promoção da transparência e do fortalecimento da democracia.

4. Bina

Antigamente, quando os celulares não eram algo que faziam parte do uso diário da maior parte da população, não era possível saber quem estava ligando. No entanto, esse problema acabou em 1977, quando o eletrotécnico mineiro Nélio José Nicolai desenvolveu o Bina (acrônimo que significa “B identifica número de A”).

Atualmente, em praticamente todas as ligações é possível identificar quem está realizando a chamada, exceto em caso de números protegidos ou não identificados.

Na época da invenção, Nicolai trabalhava na antiga operadora local da Telebrás, a Telebrasília, e se deu conta da alta ocorrência de trotes telefônicos envolvendo chamadas de socorro. Foi então que surgiu a ideia de criar o identificador de chamadas.

Em 1980 Nélio participou de um seminário promovido pelo extinto Ministério da Burocratização, no qual teve sua invenção exposta. Após o evento, ele requereu a patente, mas já era tarde demais: sua ideia havia sido implementada por milhares de empresas ao redor do mundo.

A segunda versão do Bina, criada por Nicolai, foi patenteada em 1992. Alguns anos depois, o inventor assinou contratos de transferência de tecnologia para empresas como Telemar e Intelbras.

Além disso, sua invenção foi reconhecida pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), que lhe presenteou com um certificado e uma medalha. Nélio também foi homenageado pelo Ministério das Comunicações, ganhando um selo próprio da série Invenções Brasileiras.

5. Cartão telefônico

As ruas brasileiras começaram a receber os primeiros telefones públicos, popularmente conhecidos como orelhões, em 1972. Duas décadas depois, de muitas ligações completadas com fichas, foi lançado o cartão telefônico. A invenção do engenheiro brasileiro Nelson Guilherme Bardini utiliza a tecnologia de indução e a leitura dos créditos disponíveis é feita por meio de eletricidade.

Para fazer uma ligação de um telefone público, antigamente, era necessário comprar fichas que determinavam o tempo que você poderia fazer uma ligação. 

Com o lançamento do cartão telefônico em 1992, o preço variava de acordo com a quantidade de créditos. 

Depois de adquirir um cartão telefônico em uma loja autorizada, bancas de jornais, entre outros, bastava inserir o cartão na leitora e discar normalmente, como se estivesse discando de um telefone fixo ou aparelho celular. À medida que o tempo de chamada ia passando, os seus créditos iam diminuindo e você podia acompanhar esse processo pelo leitor do equipamento.

O uso do cartão telefônico já esteve tão presente na vida dos brasileiros que o futebol, esporte considerado paixão nacional, estampou séries especiais em anos de Copa. Alguns desses cartões estão guardados, junto com outras 12 mil unidades de temas diversos, no acervo do Museu das Telecomunicações.

Quando não estão em exposição, eles são mantidos na reserva técnica do espaço. Lá são realizados procedimentos de higienização, catalogação e acondicionamento do acervo.

6. Avião

A invenção do avião é uma questão controversa.

No Brasil, considera-se que o Pai da Aviação é o mineiro Santos Dumont, que em 1906 fez uma máquina mais pesada do que o ar voar a partir do solo em Paris. Nos Estados Unidos e na Europa, porém, os irmãos Wright são reconhecidos como os primeiros a realizar um voo controlado e motorizado, em 1903, na Carolina do Norte.

Em verdade, o brasileiro Santos Dumont construiu o primeiro avião, o 14-Bis, em 1906, e realizou o primeiro voo público no dia 23 de outubro desse ano, no Campo de Bagatelle, em Paris. O voo percorreu uma distância de 60 metros e marcou a história da aviação. Antes disso, Santos Dumont já havia feito um experimento com uma catapulta, mas o avião não saiu do chão por conta própria.

Santos Dumont foi um cientista brasileiro que se destacou por suas invenções na área da aviação, sendo considerado o pai da aviação por muitos.

Ele construiu e voou os primeiros balões dirigíveis com motor a gasolina, o que lhe rendeu a conquista do Prêmio Deutsch em 1901. Além disso, ele inventou e patenteou o motor a combustão para aviões em 1898, o que viabilizou o sonho de um dia decolar. Uma característica de Santos Dumont é que ele criava, patenteava e liberava a utilização para quem quisesse utilizar.

Santos Dumont cometeu suicídio em 23 de julho de 1932, aos 59 anos, em um quarto do Grande Hotel de La Plage, no Guarujá. Embora ele não tenha deixado um bilhete, suspeita-se que ele tenha ficado profundamente perturbado ao ver aviões sendo usados para fins militares durante a Revolução Constitucionalista.

Conclusão:

E assim terminamos a nossa jornada por algumas das invenções brasileiras que estiveram ou ainda estão presentes em nossos dias.

Deixe nos comentários qual a sua invenção favorita e uma sugestão de tema para os próximos artigos!

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Fontes: Justiça Eleitoral

Fontes: Domínio Público

Fontes: ViraCopos FullHD

Fontes: Esquadrilha da Fumaça

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